Algoritmos e temporalidades sociais
uma análise das permanências, transformações e reconfigurações do tempo de trabalho em plataformas por demanda na Argentina
DOI:
https://doi.org/10.20336/rbs.962Palavras-chave:
Trabajadores de plataforma, Tiempo de trabajo, Intensificación, DisponibilidadResumo
O tempo pode ser pensado como o núcleo central da relação capital-trabalho e o prisma a partir do qual se pode analisar a desigualdade e a assimetria no âmbito dessa relação de poder. A relação entre tempo e trabalho se mostra como uma disputa pelo controle do tempo do trabalhador. Nessa direção, este artigo analisa o chamado tempo de atividade laboral – ou seja, a forma como as empresas utilizam e organizam o tempo dos trabalhadores em um determinado processo produtivo – em plataformas de trabalho sob demanda na Argentina, a partir de suas quatro dimensões: estabelecimento da jornada de trabalho, duração, distribuição e intensidade. Da pesquisa depreende-se que a configuração dos horários de trabalho nas plataformas sob demanda implica o aprofundamento de processos de longo prazo, o surgimento de novas tendências e a reintrodução de esquemas das fases iniciais do capitalismo.
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