Caminhar urbano e vivências imprevistas

Autores/as

  • Carlos Fortuna

DOI:

https://doi.org/10.20336/rbs.262

Resumen

Caminhar na cidade constitui um anacronismo numa cultura urbana que promove a velocidade da deslocação. Esta deslocação rápida dos sujeitos é geradora de um modo distraído dos territórios urbanos e das relações que nele se operam. No século XX, existiram várias tentativas de contrariar esta situação (Dada, Surrealistas, Situacionistas, flânerie). Todas procuram aproximar-se e reconhecer a presença de outras culturas e modos de existência. Só se consegue reconhecer a diversidade caminhando a cidade devagar. Essa caminhada pode gerar relações inesperadas em público que vão desde as solidariedades espontâneas até ao reconhecimento de desigualdades e racismos. Tudo clama pela centralidade da rua, o que pode ser comprovado através de uma caminhada pelas ruas e praças de Lisboa.

Cómo citar

Fortuna, C. (2018). Caminhar urbano e vivências imprevistas. Revista Brasileña De Sociología, 6(13). https://doi.org/10.20336/rbs.262