Viagens, tecnologia e mobilidades híbridas
entrevista com Jennie Germann Molz
DOI:
https://doi.org/10.20336/rbs.975Resumo
Jennie Germann Molz é professora de Sociologia no College of the Holy Cross em Worcester, Massachusetts, onde ministra cursos sobre teoria social, viagens e turismo, tecnologias móveis, cidadania global e emoção. Tivemos a oportunidade de entrevistá-la durante a SPMob 2023: Quarta Escola de Ciência Avançada em Mobilidades, realizada de 13 a 21 de junho de 2023, na Universidade de São Paulo e na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, evento do qual ela foi uma das principais palestrantes. Nesta entrevista, Germann Molz enfatiza a necessidade de superarmos a visão moralista da tecnologia. Em lugar de o determinismo tecnológico, ela propõe o conceito de affordances (em tradução livre, potencialidades de uso) alegando que, embora a tecnologia proporcione certas formas de nos envolvermos com ela, temos algum grau de agência para determinar como a iremos utilizar e integrá-la em nossas vidas. Em seus trabalhos, ela descreve as muitas e complexas maneiras em que viajantes se envolvem com tecnologias de comunicação e networking enquanto estão em movimento. As interações mediadas tecnologicamente não resultam necessariamente numa sociabilidade frágil, acrescenta ela, uma vez que podem suscitar novas formas de solidariedade, apoio emocional e um sentimento de união ou pertença.
Referências
Bauman, Zygmunt. (1998). Tourists and vagabonds. In: Globalization: The Human Consequences (pp. 77-102). Cambridge: Polity Press.
Benjamin, Walter. (1995). Passages. Cambridge: The MIT Press.
Bialski, Paula. (2009). Intimate Tourism. London: Solilang.
Boden, Diedre & Molotch, Harvey. (1994). The Compulsion to Proximity. In Friedland, Roger & Boden, Deirdre (orgs.) NowHere: Space, Time and Modernity (pp. 257-286). Berkeley: University of California Press.
Boorstin, Daniel. (1961). The Image: A Guide to Pseudo-Events in America. New York: Harper & Row.
Brah, Avtar. (1996). Cartographies of Diaspora: Contesting Identities. London: Routledge.
Buda, Dorina-Maria & Germann Molz, Jennie. (orgs.). (2023). Affect and Emotion in Tourism. New York: Routledge.
Büscher, Monika & Urry, John. (2009). Mobile Methods and the Empirical. European Journal of Social Theory, 12 (1), 99-116.
Castells, Manuel. (1996). The Rise of the Network Society. Oxford: Wiley Blackwell.
Cresswell, Tim. (2010). Towards a Politics of Mobility. Environment and Planning D: Society and Space, 28 (1), 17-31.
Freire-Medeiros, Bianca; Telles, Vera da Silva & Allis, Thiago. (2018). Apresentação: por uma teoria social on the move. Tempo Social, 30 (2), 1-16
Freire-Medeiros, Bianca & Lages, Mauricio Piatti. 2020. A virada das mobilidades: fluxos, fixos e fricções. Revista Crítica de Ciências Sociais, 123, 121-142.
Germann Molz, Jennie. (2008). Global Abode: Home and Mobility in Narratives of Round-the-World Travel. Space and Culture, 11 (4), 325-342.
Germann Molz, Jennie.(2010). Performing Global Geographies: Time, Space, Place and Pace in Narratives of Round-the-World Travel. Tourism Geographies, 12 (3), 329-348.
Germann Molz, Jennie. (2012). Travel Connections: Tourism, Technology and Togetherness in a Mobile World. New York: Routledge.
Germann Molz, Jennie. (2014). New Technologies. In Adey, Peter; Bissell, David; Hannam, Kevin; Merriman & Sheller, Mimi. (orgs.) The Routledge Handbook of Mobilities (pp. 553-565). New York: Routledge.
Germann Molz, Jennie & Gibson, Sarah. (orgs.). (2016). Mobilizing Hospitality: The Ethics of Social Relations in a Mobile World. New York: Routledge.
Germann Molz, Jennie. (2021). The World Is Our Classroom: Extreme Parenting and the Rise of Worldschooling. New York: NYU Press.
Hannam, Kevin; Sheller, Mimi & Urry, John. (2006). Mobilities, Immobilities and Moorings”. Mobilities, 1 (1), 1-22.
Hine, Christine. (2000). Virtual Ethnography. London: Sage.
Mancinelli, Fabiola & Germann Molz, Jennie. (2023). Moving With and Against the State: Digital Nomads and Frictional Mobility Regimes. Mobilities.
Marvin, Carolyn. (1988). When Old Technologies Were New: Thinking About Electric Communication in the Late Nineteenth Century. New York: Oxford University Press.
Miller, Daniel & Slater, Don. (2000). The Internet: An Ethnographic Approach. Oxford: Berg.
Pink, Sarah. (2008). Mobilising Visual Ethnography: Making Routes, Making Place and Making Images. Forum Qualitative Sozialforschung/Forum: Qualitative Social Research, 9 (3), art. 36.
Postman, Neil. (1985). Amusing Ourselves to Death: Public Discourse in the Age of Show Business. New York: Viking Penguin.
Ritzer, George. (2005). Enchanting a Disenchanted World: Revolutionizing the Means of Consumption. Thousand Oaks: Pine Forge Press.
Sheller, Mimi & Urry, John. (2006). The New Mobilities Paradigm. Environment and Planning, 38, 207-226.
Shields, Rob. (1991). Places on the Margin: Alternative Geographies of Modernity. New York: Routledge.
Urry, John. (1990). The Tourist Gaze: Leisure and Travel in Contemporary Societies. London: Sage.
______. (2007). Mobilities. Cambridge and Malden: Polity.
Urry, John & Larsen, Jonas. (2011). The Tourist Gaze 3.0. London: SAGE.
Wittel, Andreas. (2001). Toward a Network Sociality. Theory, Culture & Society, 18 (6), 51-76.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Amanda Arrais, Ana Carolina Padua Machado, Maurício Piatti Lages, Jennie Germann Molz
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).