La ideología del trabajo y la autogestión subordinada en las empresas de plataformas de reparto
DOI:
https://doi.org/10.20336/rbs.959Palabras clave:
uberización, , ideología del trabajo, marxismo, repartidores, plataforma digitalResumen
El proceso de uberización del trabajo ha avanzado en la última década, con las empresas de plataformas como una de sus protagonistas. Utilizan diferentes estrategias para cooptar y convencer a los trabajadores de los procesos de trabajo que implementan. Uno de ellos es a través de los discursos que dirigen a sus trabajadores. Desde una perspectiva marxista, asumimos que estos discursos cumplen la función de ideología del trabajo al buscar orientar a los trabajadores frente al conflicto social que emerge del uso de su fuerza laboral en el proceso de producción. Nuestro objetivo fue analizar la ideología del trabajo presente en el discurso de las principales empresas de plataformas de reparto en Brasil. Analizamos la unidad “problemas-soluciones” en publicaciones dirigidas a repartidores en los sitios web de las tres principales empresas-plataforma en este campo en el país. Identificamos que los artículos abordan cuatro temas: financiero, salud de los trabajadores, equipamiento y logística. Los discursos abordan problemas que se encuentran entre las demandas de los repartidores, pero no explican sus causas. Ocultan el conflicto capital-trabajo, respondiendo a la necesidad de desarrollar estrategias para incorporar la fuerza laboral al proceso productivo. La ideología de trabajo identificada es la de autogestión, en la que los repartidores son responsables de resolver estos problemas y las empresas son partners que brindan información. La particularidad brasileña revela signos de diferenciación respecto de ideologías desarrolladas en los países centrales, dejando de lado aspectos relacionados con la conciencia social y favoreciendo la búsqueda de autonomía e ingresos en el caso periférico.
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